O jornalismo baiano perdeu uma de suas vozes mais marcantes. A jornalista e apresentadora Wanda Chase faleceu na noite de quarta-feira (2), em Salvador, durante uma cirurgia para tratar um aneurisma dissecante da aorta. A operação foi realizada no Hospital Tereza de Lisieux, onde ela foi internada após complicações de saúde.
Com 27 anos de carreira na TV Bahia, Wanda se destacou como comunicadora comprometida com pautas sociais e foi uma das vozes mais atuantes no ativismo negro no estado. Nascida no Amazonas, mudou-se para a Bahia em 1991, onde construiu uma trajetória respeitada na imprensa local e nacional, com passagens por veículos como Rede Manchete, TV Cabo Branco e Globo Nordeste.
Wanda revelou que estava com problemas de saúde há cerca de um mês. Inicialmente diagnosticada com virose, foi posteriormente tratada por infecções urinária e intestinal. O quadro se agravou e ela recebeu o diagnóstico de aneurisma, sendo levada à cirurgia emergencial. A morte foi comunicada à família cerca de seis horas após o início do procedimento.
O enterro de Wanda Chase está marcado para sábado (5), no Cemitério Campo Santo, aguardando a chegada de familiares à capital baiana. A jornalista foi colunista do portal iBahia e participou de podcasts após a aposentadoria. Com mais de 45 prêmios recebidos, ela foi homenageada em 2002 com o Título de Cidadã Soteropolitana, e seria condecorada com o Título de Cidadã Baiana este ano — cerimônia que foi adiada por causa de sua saúde.
Sua morte deixa uma lacuna na comunicação e na luta por igualdade racial no estado. Wanda Chase será lembrada como símbolo de representatividade, talento e compromisso social.